Diário Estoico – 23 de janeiro

A VERDADE SOBRE O DINHEIRO

 Passemos aos realmente ricos — quantas vezes eles se parecem muito com os pobres? Quando viajam ao exterior, precisam restringir sua bagagem, e quando estão com pressa, dispensam comitiva. E aqueles que estão no exército, quão poucos de seus bens conseguem conservar… 

Sêneca, Consolação à minha mãe Hélvia, 12.1.B-2

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O autor F. Scott Fitzgerald, que muitas vezes glamorizou os estilos de vida dos ricos e famosos em livros como O grande Gatsby, abre um de seus contos com as frases agora clássicas: “Deixe-me falar-lhe sobre os muito ricos. Eles são diferentes de você e de mim.” Alguns anos depois que esse conto foi publicado, seu amigo Ernest Hemingway caçoou de Fitzgerald ao escrever: “Sim, eles têm mais dinheiro.”

É disso que Sêneca está nos lembrando. Um dos homens mais ricos de Roma, ele sabia em primeira mão que o dinheiro só muda a vida em parte. O dinheiro não resolve os problemas que as pessoas pobres pensam que ele resolverá. Na verdade, nenhuma posse material o fará. Coisas externas não podem resolver questões internas.

Sempre nos esquecemos disso — o que causa muita confusão e dor. Como Hemingway escreveria mais tarde sobre Fitzgerald: “Ele pensava [que os ricos] eram uma raça glamorosa especial, e quando descobriu que não eram, isso o destruiu tanto quanto qualquer outra coisa que o tenha destruído.” Se não mudarmos, isso também será verdade em relação a nós.

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