A FONTE DA SUA ANSIEDADE
Quando vejo uma pessoa ansiosa, pergunto a mim mesmo: o que ela quer? Pois se a pessoa não estivesse querendo algo que está fora de seu controle, por que sentiria ansiedade?
Epicteto, Discursos, 2.13.1

O pai ansioso, preocupado com o filho. O que ele quer? Um mundo que seja sempre seguro. Uma viajante inquieta. O que ela quer? Que o tempo continue firme e o trânsito esteja livre para que ela possa embarcar em seu voo. E um investidor nervoso? Quer que o mercado mude de rumo e um investimento valha a pena.
Todas essas situações têm uma coisa em comum. Como diz Epicteto, é querer algo que está fora de nosso controle. Ficar tenso, afobado, andar de um lado para outro nervosamente — esses momentos intensos, dolorosos e ansiosos nos revelam nosso lado mais fútil e servil. Olhar fixamente para o relógio, para o registrador de cotações na bolsa, para a próxima fila do caixa terminada, para o céu: é como se nós todos pertencêssemos a um culto religioso que acredita que os deuses da sorte só nos darão o que queremos se sacrificarmos nossa paz de espírito.
Hoje, quando perceber que está ansioso, pergunte a você mesmo: Por que estou com o estômago embrulhado? Sou eu que estou no controle aqui ou é a minha ansiedade? E mais importante: Minha ansiedade está me fazendo algum bem?