NOSSO BEM-ESTAR REPOUSA EM NOSSAS AÇÕES
Aqueles obcecados pela glória associam seu bem-estar à consideração de outros, aqueles que amam o prazer o associam a sensações, mas aquele com verdadeiro entendimento só o busca nas próprias ações. […] Pensa no caráter das pessoas que desejamos agradar, nos bens que desejamos obter e nas táticas que empregamos para esses fins. Quão rapidamente o tempo esmaga essas coisas e quantas ainda serão apagadas.
Marco Aurélio, Meditações, 6:51, 59

Se sua felicidade depende da conquista de certos objetivos, o que acontece se o destino intervier? E se você for desprezado? E se acontecimentos externos o interromperem? E se você conseguir tudo, mas descobrir que ninguém ficou impressionado? Esse é o problema de deixar sua felicidade ser determinada por coisas que você não pode controlar. É um risco insano.
Se um ator se concentra na recepção do público a um projeto — se os críticos gostam dele ou se é um sucesso, ele ficará desapontado e ofendido com frequência. Mas se ele ama seu desempenho, e dedica tudo que tem para torná-lo o melhor de que é capaz, sempre encontrará satisfação em seu trabalho. Como ele, deveríamos auferir prazer de nossas ações — em tomar as medidas certas —, e não dos resultados que decorrem delas.
Nossa ambição não deveria ser vencer, portanto, mas jogar com todo o nosso esforço. Nossa intenção não é granjear agradecimentos ou reconhecimento, mas ajudar e fazer o que julgamos correto. Nosso foco não está no que nos acontece, mas no modo como reagimos. Nisso, encontraremos sempre contentamento e resiliência.