Diário Estoico – 13 de Julho

UM LÍDER CONDUZ

 Há um certo tipo de pessoa que, ao fazer bem a outras, imediatamente calcula o favor esperado que deve retornar. Há outro que não é tão rápido, mas ainda assim considera o outro um devedor que tem ciência desse favor. Um terceiro tipo de pessoa, ainda, age como se não tivesse consciência da ação, mais ou menos como uma videira que produz um cacho de uvas sem fazer outras exigências, como um cavalo após uma corrida, um cão após o passeio, uma abelha após fazer o mel. Tal pessoa, tendo feito uma boa ação, não sairá gritando pelos telhados, mas simplesmente passará à ação seguinte exatamente como a videira produz outro cacho de uvas na estação certa. 

Marco Aurélio, Meditações, 5.6

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Você já ouviu alguém repetir uma das suas ideias como se fosse dela? Notou um irmão ou parente mais jovens imitarem seu comportamento, talvez a maneira como você se veste ou a música que escuta? Talvez você tenha se mudado para um novo bairro e um bando de hipsters o acompanhou. Quando somos jovens e inexperientes, podemos reagir negativamente a essas situações. Pare de me copiar! Eu estava aqui primeiro!

À medida que amadurecemos, começamos a vê-las sob uma luz diferente. Compreendemos que se apresentar e ajudar é um serviço dos líderes ao mundo. É nosso dever fazê-lo: nas grandes situações e nas pequenas. Se esperamos ser líderes, devemos compreender que a ingratidão faz parte do escopo do trabalho. Devemos fazer o que os líderes fazem, porque é o que os líderes fazem — não pelo mérito, não pelos agradecimentos, não pelo reconhecimento. É nosso dever.

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