APRENDA, PRATIQUE, TREINE
É por isso que os filósofos nos aconselham a não ficar satisfeitos com o mero aprendizado, mas acrescentar prática e depois treinamento. Pois, à medida que o tempo passa, esquecemos o que aprendemos e acabamos fazendo o oposto, e defendemos opiniões contrárias ao que deveríamos.
Epicteto, Discursos, 2.9.13-14

Pouquíssimas pessoas podem simplesmente observar um vídeo educativo ou ouvir algo sendo explicado e em seguida saber, de trás para a frente, como executar o que foi dito. A maioria de nós realmente tem de fazer alguma coisa várias vezes para aprender de verdade. Uma das características de quase qualquer tipo de arte marcial, treinamento militar ou atlético são as horas, e mais horas e mais horas de prática monótona. Um atleta do mais alto nível vai treinar por anos para realizar movimentos que podem durar meros segundos. O exercício de dois minutos, como escapar de uma chave de braço, o salto perfeito. Simplesmente saber não é suficiente. Ele deve ser absorvido nos músculos e no corpo. Deve se tornar parte de nós. Ou corremos o risco de perdê-lo no segundo em que experimentarmos estresse ou dificuldade.
Isso acontece com os princípios filosóficos também. Você não pode simplesmente ouvir alguma coisa uma vez e esperar contar com ela quando o mundo está desabando à sua volta. Lembre-se, Marco Aurélio não estava escrevendo suas meditações para os outros. Ele estava meditando ativamente para si mesmo. Mesmo como um homem bem-sucedido, sábio e experiente, ele esteve até os últimos dias da vida praticando e treinando para fazer a coisa certa. Como um faixa preta, ele ainda estava comparecendo ao dojo todos os dias para rolar; como um atleta profissional, ainda comparecia para treinar todas as semanas — mesmo que outros provavelmente pensassem que já não era necessário.