Diário Estoico – 20 de abril

O BEM VERDADEIRO É SIMPLES

 Aqui está uma maneira de pensar sobre o que as massas consideram coisas ‘boas’. Se começares primeiro pensando em coisas que são inquestionavelmente boas — sabedoria, autocontrole, justiça, coragem —, com essa preconcepção não serás mais capaz de ouvir o refrão popular de que há coisas boas demais para experimentar numa existência. 

Marco Aurélio, Meditações, 5.12

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É controverso dizer que existem as coisas que as pessoas valorizam (e pressionam você a valorizar também) e existem as coisas que são realmente boas? Ou questionar se riqueza e fama são tão boas quanto se diz? Como Sêneca observou em uma de suas peças:

Se ao menos o coração dos ricos estivesse aberto para todos!

Como são grandes os temores que a grande fortuna suscita neles.

Durante séculos, as pessoas supuseram que a riqueza seria um santo remédio para sua infelicidade ou seus problemas. Por que outra razão teriam trabalhado tão arduamente para adquiri-la? Mas depois que adquiriram o dinheiro e o status por que ansiavam, descobriram que não era exatamente isso que haviam ambicionado.

Por outro lado, o “bem” que os estoicos defendem é mais simples e mais direto: sabedoria, autocontrole, justiça, coragem. Ninguém que alcança essas virtudes experimenta o remorso do comprador.

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