FAZENDO A PRÓPRIA BOA SORTE
Tu dizes: eu costumava topar com a boa sorte em cada esquina. Mas a pessoa de sorte é aquela que dá a si mesma a boa sorte. E boa sorte é uma alma bem afinada, bons impulsos e boas ações.
Marco Aurélio, Meditações, 5.36

Qual é a noção mais produtiva de boa sorte? Aquela que é definida por fatores totalmente aleatórios fora de seu controle, ou aquela cuja questão de probabilidade pode ser aumentada — embora não assegurada — pelas decisões corretas e a preparação adequada? Obviamente a segunda. É por isso que pessoas bem-sucedidas, mas misteriosamente “afortunadas”, parecem gravitar em direção a ela.
Segundo o maravilhoso site Quote Investigator, versões dessa ideia remontam ao menos ao século XVI no provérbio “A diligência é a mãe da boa sorte”. Nos anos 1920, Coleman Cox deu-lhe uma feição moderna dizendo: “Acredito firmemente na sorte. Quanto mais me empenho no meu trabalho, mais pareço tê-la.” (Este dito foi incorretamente atribuído a Thomas Jefferson, que não pronunciou nada do gênero.) Atualmente, dizemos: “Sorte é onde o trabalho árduo se encontra com a oportunidade.” Ou isso costuma ser invertido?
Hoje você pode esperar que a boa fortuna e a boa sorte venham ao seu encontro como num passe de mágica. Ou pode se preparar para obter sorte concentrando-se em fazer a coisa certa na hora certa e assim, ironicamente, tornar a sorte desnecessária no processo.